Não se deve bater em cão nem mesmo com a intenção de educa-lo, recomenda
a médica veterinária Lúcia Helena Franco. A tendência é o cão agredido
se tornar violento e atacar até mesmo uma criança que o queira abraçar.
Para a coordenadora da Escola de Adestramento, Agility, Hospedagem e Day
Care para cães “Dog Show” esta forma de agir ocasiona distúrbios
psicológicos no cão entre eles medo, insegurança e agressividade. Além
disso, a agressão cria um relacionamento baseado no temor e não na
confiança e no respeito.
“Nunca devemos bater no cão, nem mesmo com ele cometendo ações muito
graves como atacar os próprios familiares da casa”, destaca. Ensina que
cães que apanham passam a temer movimentos bruscos e reagem com
facilidade. Ao executar um ato de violência contra o animal “também é
relativamente fácil machucar um cão”. Quando a pessoa está com raiva, a
tendência é bater mais forte “aumentando ainda mais a possibilidade de
exageros” diz.
Lucia Franco observa que na relação homem-animal, devem ser utilizadas
as técnicas mais inteligentes do ser humano. Na maioria das vezes é
muito mais produtivo recompensar os comportamentos corretos ao invés de
punir os errados. “Com isso estaremos motivando o cão a acertar em suas
atitudes”. A coordenadora da escola cita que muitos proprietários tentam
ensinar seus cães a fazerem suas necessidades fisiológicas, por
exemplo, em um único local “dando bronca ou batendo”. Nenhum utiliza o
método correto de gratificar o cão quando ele procede corretamente. A
partir do momento em que a técnica da recompensa passa a ser usada o
resultado aparece rapidamente.
Limites - A veterinária enfatiza que quando se utiliza estímulos
positivos e recompensas “o cão desenvolve gosto por aprender e se torna
mais espontâneo”. No entanto, mesmo adotando uma forma de aprendizado
mais agradável e recompensadora é importante saber estabelecer limites
“para impedir que certos comportamentos perigosos ou desagradáveis se
desenvolvam”. Acrescenta que é possível atingir o objetivo “sem ser
necessário bater no cão ou machucá-lo”. A médica entende que quem se
dispõe a ter um cão “deve aprender as técnicas adequadas” para conseguir
educá-lo e poder desfrutar de uma convivência extremamente agradável e
feliz.
JC Linhares Assessoria & Comunicação
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