terça-feira, 12 de junho de 2012

Cão agredido pode se transformar em animal perigoso

Não se deve bater em cão nem mesmo com a intenção de educa-lo, recomenda a médica veterinária Lúcia Helena Franco. A tendência é o cão agredido se tornar violento e atacar até mesmo uma criança que o queira abraçar. Para a coordenadora da Escola de Adestramento, Agility, Hospedagem e Day Care para cães “Dog Show” esta forma de agir ocasiona distúrbios psicológicos no cão entre eles medo, insegurança e agressividade. Além disso, a agressão cria um relacionamento baseado no temor e não na confiança e no respeito.

“Nunca devemos bater no cão, nem mesmo com ele cometendo ações muito graves como atacar os próprios familiares da casa”, destaca. Ensina que cães que apanham passam a temer movimentos bruscos e reagem com facilidade. Ao executar um ato de violência contra o animal “também é relativamente fácil machucar um cão”. Quando a pessoa está com raiva, a tendência é bater mais forte “aumentando ainda mais a possibilidade de exageros” diz.

Lucia Franco observa que na relação homem-animal, devem ser utilizadas as técnicas mais inteligentes do ser humano. Na maioria das vezes é muito mais produtivo recompensar os comportamentos corretos ao invés de punir os errados. “Com isso estaremos motivando o cão a acertar em suas atitudes”. A coordenadora da escola cita que muitos proprietários tentam ensinar seus cães a fazerem suas necessidades fisiológicas, por exemplo, em um único local “dando bronca ou batendo”. Nenhum utiliza o método correto de gratificar o cão quando ele procede corretamente. A partir do momento em que a técnica da recompensa passa a ser usada o resultado aparece rapidamente.

Limites - A veterinária enfatiza que quando se utiliza estímulos positivos e recompensas “o cão desenvolve gosto por aprender e se torna mais espontâneo”. No entanto, mesmo adotando uma forma de aprendizado mais agradável e recompensadora é importante saber estabelecer limites “para impedir que certos comportamentos perigosos ou desagradáveis se desenvolvam”. Acrescenta que é possível atingir o objetivo “sem ser necessário bater no cão ou machucá-lo”. A médica entende que quem se dispõe a ter um cão “deve aprender as técnicas adequadas” para conseguir educá-lo e poder desfrutar de uma convivência extremamente agradável e feliz.


JC Linhares Assessoria & Comunicação

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