Ao contrário do que se possa imaginar, portadores da moléstia podem ser exemplares companheiros
Chapecó (15/8/2012) - Os distúrbios psicológicos não são "privilégios" de humanos. Os cães não estão imunes nem isentos desta classe de doença, que pode causar sintomas variados como instabilidade comportamental, dificuldade de atenção e aprendizado, fobias e hiperatividade.
A exemplo de crianças, cães também podem ser acometidos “pelo distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade” explica a médica veterinária Lúcia Helena Franco. No entanto, a coordenadora da Escola de Adestramento, Agility, Hospedagem e Day Care para cães “Dog Show” destaca que isso “não chega a ser nem se caracteriza como um problema sem solução”.
Cada cão possui seu respectivo nível de energia. Esse componente pode variar muito de uma raça para outra ou até mesmo entre indivíduos da mesma linhagem. A especialista em comportamento canino diz ser plenamente possível identificar um cão hiperativo. Ele apresenta várias características como comportamento acelerado, fica inquieto, late e chora excessivamente.
Os hiperativos também não conseguem se concentrar em apenas um estimulo, querendo demonstrar atenção em tudo ao mesmo tempo. Além disso, causa prejuízo ao destruir móveis e objetos. A causa deste distúrbio comportamental pode estar na seleção genética ou na ausência dela. A veterinária lamenta porque cães que apresentam estes sintomas “normalmente ficam trancados em um canil”. Esse isolamento do convívio familiar agrava e muito o problema.
Vantagem - O cão portador desta doença psicológica, de forma alguma pode ser tratado com crueldade. A coordenadora da Escola de Adestramento mostra que mesmo nesta condição o animal pode se tornar um ótimo companheiro. Ensina que para conseguir isso basta canalizar a energia e disposição para uma atividade útil, como caminhadas, corridas, nado, brincar com outros cães, buscar objetos e interagir com brinquedos.
Outra recomendação é que o individuo assimile comandos de obediência. Isso o leva a promover exercício mental e gasto de energia. Assim o cão ficará educado e sob controle. Lucia Helena enfatiza que a exemplo do que ocorre com humanos, as atividades físicas e mentais são fatores essenciais a uma vida saudável e de boa convivência.
JC Linhares Assessoria & Comunicação